O Fórum Match@Indústria4.0 decorreu ontem, no espaço B-lounge da Biblioteca da Universidade do Minho, em Guimarães. A iniciativa visou debater as prioridades e necessidades tecnológicas no setor da Indústria 4.0, promovendo a aproximação entre a academia e a indústria.
O evento contou com uma sessão de apresentação das competências das Universidades do Norte de Portugal nesta temática, uma sessão de casos de sucesso de colaboração universidade-indústria e um debate em formato de mesa redonda sobre boas práticas, desafios e experiências.
Entre grandes e micro empresas, entidades de interface e centros de investigação presentes, ficou claro que a Indústria 4.0 é não só uma inevitabilidade como uma excelente oportunidade para a modernização da indústria.
Ao longo da manhã, foram muitas as ideias partilhadas pelos oradores convidados nesse sentido. Nas várias sessões destacaram-se a conectividade, a colaboração e a interoperabilidade como conceitos primordiais da Indústria 4.0. Foi também partilhada a ideia de que a já considerada quarta revolução industrial surgiu na sequência das revoluções anteriores, resultando da combinação dos desenvolvimentos de cada uma delas.
No entanto, ressalvou-se que a Indústria 4.0 se distingue das restantes revoluções por ser “a única anunciada”. Neste campo das distinções, André Pereira, investigador e empreendedor da Universidade do Porto, frisou que é a primeira vez que Portugal é “pioneiro numa nova revolução industrial”. Para Adriana Cunha, da organização, isto acontece “como resultado da qualidade e dos excelentes resultados obtidos, em especial nas áreas das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica ao longo das últimas décadas”.
As experiências partilhadas permitiram, deste modo, identificar os principais fatores críticos de sucesso: as novas qualificações e competências essenciais aos engenheiros da ‘fábrica do futuro’, que as universidades devem acompanhar e promover, a necessária interoperabilidade entre sistemas, e a cultura de colaboração e cooperação que é necessário promover entre empresas, centros de investigação e decisores políticos.
Durante a tarde, e ainda no espírito da promoção e aceleração de projetos colaborativos universidade-indústria, realizaram-se reuniões de match making, onde as empresas tiveram oportunidade de discutir as suas necessidades e oportunidades de colaboração com os especialistas da academia nessas áreas.
A iniciativa foi cofinanciada pelo projeto U. Norte Inova, no âmbito do Norte2020 .